Polícia Federal testa sensor caça-tiros em Canoas

Uma salva de 150 disparos marcou a estreia, em Canoas, do sensor caça-tiros. O equipamento, dotado de antenas capazes de identificar o local do disparo, foi adquirido pela prefeitura de Canoas e testado pela primeira vez na noite desta quinta-feira.
Era esperada uma multidão para o teste, mas uma chuvarada incessante espantou os curiosos. Só autoridades municipais, estaduais e federais compareceram aos testes.
O principal local de disparos foi a praça Ildo Meneghetti, no Guajuviras. Outros dois pontos do bairro, bem distantes entre si, também foram testados.
O equipamento é importado dos EUA, único país a fazer uso dessa tecnologia, até o momento. Os 17 sensores de monitoramento estão instalados em prédios e postes e são de difícil identificação, até para evitar que sejam alvo de vandalismo.


Os testes foram realizados pela Polícia Federal e os locais dos disparos, isolados com cordas. A prefeitura distribuiu 8 mil panfletos avisando do evento. Uma sala de controle no Centro Integrado de Segurança Pública (unidade que reúne guardas civis e policiais, situada a 15 quilômetros do Guajuviras) monitora aquilo que é coletado pelos sensores auditivos.
A aparelhagem capta não só disparos, mas também gritos. É capaz ainda de de detectar o calibre da arma disparada, apenas pelo tipo de som captado e gravado num computador. No teste foram usados cinco tipos munição, real, disparada contra sacos de areia.
Os computadores estão conectados a um telão no qual, ao primeiro disparo, surge um mapa com imagens de satélite. Ele mostra o local preciso onde aconteceu o disparo e a localização da viatura policial mais próxima.
O bairro Guajuviras foi escolhido por ser historicamente, o mais violento do Rio Grande do Sul. No ano passado registrou 50 assassinatos.

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